O ar fendido pela borboleta
quimérica e nocturna e de cor azul.
O pólen do voo no rumor
das achas da lareira amortecida.
Os teus olhos vêm para os meus
com a água da paz de termos visto
o mesmo arco de vida atravessar
o lugar onde estávamos sózinhos
onde vogava no céu tarde
o silêncio do conspirador.
No chão de brisa de poeira
o tumulto do mundo é um luar
sombrio e essa dor serena
leva de nós todas as dores.
Joaquim Manuel Magalhães
quimérica e nocturna e de cor azul.
O pólen do voo no rumor
das achas da lareira amortecida.
Os teus olhos vêm para os meus
com a água da paz de termos visto
o mesmo arco de vida atravessar
o lugar onde estávamos sózinhos
onde vogava no céu tarde
o silêncio do conspirador.
No chão de brisa de poeira
o tumulto do mundo é um luar
sombrio e essa dor serena
leva de nós todas as dores.
Joaquim Manuel Magalhães
Comentários