A manhã está fria e cinzenta de tão vazia,
ninguém me vê
no mar tão macio, tão pequeno ao meu redor e
tão cheio de mim,
espero as horas que chegam, e partem, e voltam
parecem-me mulheres perdidas, desamadas, loucas,
cheias de silêncio levando as marés,
não ficam, não vou
ninguém é meu, ou minha,
não há histórias, não há memórias, não há cheiros,
não há canções, não há paredes manchadas, nem roupas estragadas,
não há flores no jardim, não há passos junto à porta,
não houve início, não há fim,
não há cama para fazer, nem mesa,
nem janela para abrir, nem livro pra fechar,
há um vazio
que não é possível,
um desejo
que não cresce
há uma dor
que não mata
alma
ninguém me vê
no mar tão macio, tão pequeno ao meu redor e
tão cheio de mim,
espero as horas que chegam, e partem, e voltam
parecem-me mulheres perdidas, desamadas, loucas,
cheias de silêncio levando as marés,
não ficam, não vou
ninguém é meu, ou minha,
não há histórias, não há memórias, não há cheiros,
não há canções, não há paredes manchadas, nem roupas estragadas,
não há flores no jardim, não há passos junto à porta,
não houve início, não há fim,
não há cama para fazer, nem mesa,
nem janela para abrir, nem livro pra fechar,
há um vazio
que não é possível,
um desejo
que não cresce
há uma dor
que não mata
alma
Comentários
Obrigada.
Será que vc saberia me dizer onde posso encontrar mais sobre o trabalho de Alma Kodiak? Tenho procurado pela internet, mas em vão. De qualquer maneira obrigado. Aliás, adorei o blog. Será que nós temos uma referência em comum? Reconheci algumas pinturas que eu já havia visto no blog "o silêncio dos livros". Se não, dê uma passada por lá, acredito que vai gostar.
Abraços. Até.
Agradeço muito a sua visita e o seu comentário.
A Alma Kodiak é uma heterónima minha. Espero que tenha gostado...
Conheci o silêncio dos livros a semana passada e reparei que tinhamos algo em comum, sim.
Abraço e...volte sempre!
Ana Isabel